quinta-feira, 2 de abril de 2009

"01 de Abril de 1939 e 02 de Abril de 1982"

Continuando a série de "Grandes acontecimentos Históricos" venho agora com mais dois que atraem os meus estudos.



No dia 1º de Abril de 1939 o General Franco e suas forças "direitistas" venciam a "Guerra Cívil Espanhola", Franco, que tinha o apoio de parte do exército, da igreja e dos latifundiários superou as forças da Frente Popular, que formava o Governo Republicano composto por sindicatos e partidos de esquerda.

A Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini apoiaram os d
ireitistas, enquanto a União Soviética apoiou os republicanos. Nas Brigadas Internacionais lutaram voluntários de diversos países, inclusive 41 brasileiros, na defesa da República e dos ideais socialistas. Franco impôs ao país uma ditadura que perseguiu violentamente os opositores, e durou até 1975, ano de sua morte.

Mesmo terminado o conflito, os conselhos de guerra prosseguiram com as prisões, torturas e fuzilamentos. Os 630 mil prisioneiros de guerra foram empregados na reconstrução de estradas, edifícios públicos, igrejas e ferrovias.

Dentre as atrocidade cometidas durante os três anos da Guerra Civil Espanhola, a que teve maior repercussão mundial foi o massacre de Guernica. Durante 2h45 os moradores da província basca, com 7 mil habitantes, foram alvo do ataque dos aviões alemães da Legião Condor, do Exército de Hitler. O bombardeio matou 1.654 pessoas e feriu 889 e destruiu o povoado onde há um velho carvalho embaixo do qual os monarcas espanhóis, desde os tempos medievais, juravam respeitar as leis e costumes dos bascos.

O ataque marcou o início da participação nazista na guerra e foi a primeira vez que se efetuou um ataq
ue aéreo cerrado contra uma cidade indefesa.



Ja em 2 de Abril de 1982 as Forças Armadas da Argentina invadiram de surpresa as Ilhas Falklands, que os argentinos chamam de Malvinas. O governador inglês do arquipélago e os funcionários foram detidos. O presidente argentino Leopoldo Galtieri declarou que salvaguardou a honra nacional, recuperando as ilhas, que estavam em poder da Grã-Bretanha desde 1833.

O governo inglês rompeu relações diplomáticas com a Argentina. O chanceler lorde Carrington e o secretário de Defesa, John Nott, anunciaram a constituição de uma força-tarefa "muito poderosa" para intervir no território ocupado.


Em Buenos Aires milhares de pessoas saíram às ruas para celebrar a ocupação. A guerra fez os argentinos esquecerem por um breve período a explosão inflacionária e as violações dos direitos humanos cometidas pela junta militar, que se instalou no governo com o golpe de 1976.

No conflito morreram 712 soldados argentinos e 255 ingleses. A Inglaterra gastou 2 bilhões de libras em armas e equipamentos. Foram usados os caças-bombardeiros de última geração. Já os soldados argentinos não tinham sequer agasalhos adequados para enfrentar o clima hostil.

A vitória militar britânica deu à primeira-ministra Margareth Tatcher uma enorme popularidade. Já a rendição argentina acelerou a queda da ditadura. Os militares passaram a ser vistos como aventureiros, que jogaram o país em uma guerra inútil. O general Galtieri foi deposto e, no ano seguinte, foram realizadas eleições livres, com a vitória de Raúl Alfonsín.

3 comentários:

Fabricio - UFF disse...

Boa série de post´s históricos, são acontecimentos que ficam um pouco fora do foco acadêmico mais tradicional.

Parabens

Anônimo disse...

E lendo com atenção é percebido que se trata de dois acontecimentos ligados e ditaduras do sec XX.

Uma que se saiu vitoriosa na Espanha e outra que foi deposta na Argentina.

Unknown disse...

Não esquecendo outros suberfúgios utilizados pela Inglaterra, como fazer pedir aos franceses os códigos de controle dos mísseis Exocet vendidos aos argentinos (já que os dois faziam parte da OTAN). Os argentinos só começaram a fazer alguns estragos nos navios Ingleses depois de terem trocados os excocet's deles com os chilenos...