terça-feira, 15 de julho de 2008

"ESTA ABERTA A TEMPORADA DE CAÇA AO CIDADÃO CARIOCA"

É lamentável o que vem sendo notíciado nas ultimas semanas aqui na nossa "cidade calamitosa" em relação aos feitos da nossa (não menos calamitosa) policia militar do estado do Rio de Janeiro.

É policial que faz segurança para filho de desembargadora e que mata jovem com tiro a queima roupa pelas costas em uma confusão na saída de boite, é dupla de policiais que alucidamente fuzilam carro com mãe filhos dentro pensando ser bandidos, é PM que se envolve com desaparecimento de jovem engenheira após um acidente de carro altamente suspeito e a ultima (quem me dera se fosse realmente a ultima) foi a que policias militarem ao perceber que um assalto estava acontecendo em um carro iniciaram uma perceguissão e, pasmem, responderam a disparos feitos de dentro do carro que tinha a vitima do assalto em seu interior, resultado ??? a morte de um administrador de 36 anos.

Eu não sou contra esta tática de enfrentamento que vem sendo executada pela policia aqui no RJ, estamos em uma guerra e quem não quer ver isso ou é muito burro ou vive em outro mundo, bandido deve ser tratado como tal, veja o exemplo de Nova York no começo dos anos 90.

No ano de 1990, o número de homicídios em Nova York chegou ao recorde de 2.262. No ano 2000, esses crimes haviam sido reduzidos em mais de 70% e continuaram caindo: em 2005, foram contabilizados 540 assassinatos, a transformação do quadro da violência em Nova York começou em 1991, mas a queda acentuou-se a partir de 1994, na gestão do prefeito Rudy Giuliani, com a implantação da Campanha para a Qualidade de Vida. Sob o comando do comissário de Polícia William Bratton, o programa de segurança batizado de Tolerância Zero teve tanto êxito que, além de obter a aprovação de políticos, da imprensa e da sociedade norte-americana, mereceu elogios de diversos países europeus, asiáticos e latino-americanos. Entre seus entusiastas, estão juristas, criminologistas e sociólogos do mundo inteiro.

O Tolerância Zero baseou-se em dois eixos: o endurecimento da política de Broken Windows (Janelas Quebradas), com repressão a qualquer transgressão à lei - desde atravessar a rua fora das esquinas, jogar lixo na rua, pichação ou mendicância -, e a reorganização e descentralização do Departamento de Polícia. A reestruturação foi ampla: conceitos de gerenciamento de empresas foram incorporados, assim como tecnologias avançadas para armazenamento e troca de informações, reduzindo a burocracia. Paralelamente, iniciou-se uma forte repressão à violência e corrupção policial, com a instituição da Mollen Commission, responsável pela “limpeza” do departamento.

Desenhado pelo estrategista Jack Maple, o sistema de segurança foi baseado em quatro passos: mapeamento informatizado e ampla comunicação dos dados criminais; rápida distribuição das forças policiais; táticas eficazes de combate; e constante acompanhamento e avaliação do desempenho.

Sei que para muitos isto pode soar como um certo "facismo" e tal, realmente é uma solução um tanto quanto traumática para o problema da violência na cidade, mas parem e olhem o que vem acontecendo no Rio de Janeiro e reflitam um pouco, esta guerra não irá terminar com medidas paleativas, é preciso uma mão forte e pesada agindo sobre esta bagunça que se instaurou na cidade.

Para fechar digo que sou abertamente contra a efetivação de policiais abaixo dos 25 anos, existem verdadeiros moleques com armas na mão saindo as ruas com as maiores loucuras na cabeça.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente é uma situação bastante amendrontadora, mas é preciso pensar, refletir bem sobre o que deve ser feito contra tudo isto que esta ocorrendo no RJ.